Mais um clássico diretor italiano, que impulsionou a cena cinematográfica do país no século XX, se foi. Ettore Scola deixa uma brilhante e extensa carreira na sétima arte.
Começou escrevendo o roteiro do longa-metragem Canções de meio século, de 1954, mas apenas dez anos depois, em 1964, dirigiu seu primeiro filme. Nestes 50 anos, Scola imprimiu marcas em toda sua obra, principalmente tecendo críticas à governos populistas, como o de Silvio Berlusconi em sua terra natal.
Felizmente isso não o impediu de retratar, de forma muito bela e única, seu país. Ettore exprimiu na tela uma visão das ruas, com aflições e sonhos do povo italiano.
Mesmo assim, suas palavras denunciavam a mágoa que Scola guardava de sua terra natal. “Para fazer um filme você tem de amar a cidade ou o país onde ele transcorre, e eu não sinto amor pela Itália. Não a odeio, mas, sim, me invade a tristeza” afirmou o cineasta ao El País, em 2009.
Fica, como herança aos fãs de cinema, sua bela obra, que demonstra o poder social e combatente que o cinema pode ter.
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