Não há um dia sequer que os principais jornais no país deixem de estampar em suas capas, seja em grandes manchetes, seja em pequenas notas, a crise econômica que assola o Brasil em 2015. Afora o desgoverno, o rebaixamento da nota pela agência de risco S&P e a projeção da inflação, há um setor no país que vai muito bem, como se a tal crise fosse apenas uma marola. Trata-se do vinho, produto que teve o seu consumo em alta, mais especificamente em 4,6%, no primeiro semestre do ano, comparando ao mesmo período de 2014.
Enquanto pesquisas apontam que a família brasileira reduziu as compras em 0,9%, no primeiro trimestre de 2015, o número divulgado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN) se torna ainda mais expressivo. Segundo a entidade, o destaque numérico citado fica por conta do vinho tinto, que chegou aos 9,1 milhões de litros, embora também há crescimento no consumo de outros tipos de vinhos, sucos, espumantes e outros derivados da uva, que totalizam 177,7 milhões de litros.
A uva apresentou crescimento de 24,8%, enquanto os espumantes, 22,7% (somente os moscatéis renderam 20,9%), chegando aos 4,9 milhões de litros. Ainda de acordo com o IBRAVIN, houve um crescimento de 10,2% no consumo de vinhos finos e espumantes, chegando a 14,1 milhões de litros. O índice negativo fica por conta das importações, que caíram 1,9%, devido a desvalorização do real em relação ao dólar.
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