sábado, 25 de julho de 2015

Arte moderna – conheça Inhotim


















A 70 quilômetros de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, podemos encontrar um dos mais belos museus de arte contemporânea do Brasil. Esqueça qualquer referência à grandes galerias de arte – estou falando de Inhotim. Instalado no pequeno município de Brumadinho, o museu mais parece um grande parque recheado com o paisagismo característico de Burle Marx, que usa e abusa de palmeiras imperiais, plantas exóticas e jardins assimétricos, colocando o visitante em uma espécie de paraíso na Terra.


Em seus 20 km² (sim, é um grande museu) temos as mais variadas formas de arte que se pode pensar. Desde pequenas galerias intimistas até grandes obras interativas que te propiciam experiências com os cinco sentidos do corpo humano.

Todo o passeio é feito por meio de trilhas bem organizadas, podendo ser feito a pé ou com a ajuda de pequenos carros coletivos que te levam a estações estrategicamente posicionadas com várias obras em sua volta. Algumas destas nos impressionam lá dentro, como a Magic Square #5, de Hélio Oiticica, que é uma grande obra visual colorida, com paredes que representam o nascimento das cores, também causa a mesmo deslumbre a Sonic Pavilion, que se situa no ponto mais alto do museu, aonde foi instalado um microfone a 150 metros para baixo, em direção ao centro da Terra, e todos os sons são reproduzidos na cúpula central da instalação.

Também é de se respeitar a qualidade dos serviços prestados pela equipe que administra o Instituto – todos os banheiros e bebedouros são impecáveis, além das trilhas serem extremamente limpas e bem conservadas. O restaurante principal te oferece uma alimentação leve e de boa qualidade para o prosseguimento do passeio, posto que todo o complexo de obras só pode ser visto, no mínimo, em um dia inteiro de visitação.

Toda essa experiência cultural está a sua disposição por R$25,00, valor individual. O carro que auxilia na locomoção sai por R$20,00 - custo que vale a pena, pois, em certas trilhas, o visitante se depara com muitas subidas que tomam o tempo e cansam, o que pode atrapalhar todo o passeio.

Em suma, o Instituto Inhotim não deve nada a nenhum museu de céu aberto no mundo, pelo contrário, qualquer país teria orgulho de contar com um centro de arte do tipo em seu território.

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