sexta-feira, 26 de junho de 2015

A história do vinho
















Oi, o meu nome é Ettore Reginaldo Tedeschi e, além de empresário na área de mineração, sou um admirador de um bom vinho. Vamos falar sobre o assunto?!


Achados arqueológicos apontam que a produção e o consumo de vinho, ou ao menos de uma bebida à base do fruto da videira é tão antigo quanto a primeira forma de sociedade em Catal Hüyük, na Idade da Pedra, entre 7000-5000 a.C. Daí em diante o cultivo de videiras se estendeu pela Turquia, Síria, Byblos, Líbano, Jordânia, Irã, antiga Pérsia, e no sul da Mesopotamia, território que atualmente pertence ao Iraque.

Outros estudos apontam que os fenícios distribuíram por toda a Europa espécies que posteriormente dariam origem às uvas brancas. Já ao Egito, as videiras chegaram, principalmente, pelo Rio Nilo. A história coincide com relatos bíblicos do Velho Testamento, mais especificamente em Gênesis que conta a versão de que Noé levou sementes de uva em sua famosa arca para plantá-las ao chegar ao seu destino, após o dilúvio. Vem daí também o primeiro registro por escrito da produção de vinho, ao descrever a elaboração e o estado embriagado, após consumir a bebida.

Já a mitologia grega associa a produção do primeiro vinho a Baco, também conhecido como deus Dionísio. A partir disso, os gregos criaram os populares Festivais de dionísio, em Atenas, celebrando o dilúvio enviado por Zeus (como por Deus, na Bíblia) para punir o homem de seus pecados. Sobrevivente da catástrofe, Orestheus semeou a primeira videira sob os ensinamentos de Amphictyon, seu irmão e amigo de Baco.

Curiosamente, os gregos consideravam que beber o vinho sem adicionar água um ato libertino, por conta da coloração escura da bebida. Relatos históricos apontam que o vinho era armazenado em barricas, em um odre feito com pele de cabra, bem como em vasos antigos de barro. Os recipientes eram cobertos com óleo ou em um pano imerso em gordura.

Já na Era medieval, a produção do vinho entrou em declínio, após ser submetido ao monopólio da Igreja Católica, basicamente para fins eclesiásticos. A partir do século XII, membros do clero e soberanos proporcionaram o ressurgimento do consumo do vinho, principalmente à margem de rios como o Reno, Garonne e Loire, impulsionado pela facilidade em transportar o vinho.

O criador da champanha, D. Pierre Pérignon, membro da abadia de Hautvillers, foi o responsável pela criação de garrafas e rolhas apropriadas para a proteção do vinho, ao fim do século XVII. Foi em 1775 que se descobriu as uvas então consideradas podres proporcionavam o doce no sabor do vinho, além de um aroma mais agradável.
Durante o século XVIII, na Revolução Industrial, a produção em massa do vinho tirou a sua qualidade, outrora artesanal. Já no século XX, a evolução da vitivinicultura, assim como os avanços da tecnologia e o cruzamento genético das cepas das uvas, elevaram o aroma e o sabor da bebida. Isso graças a formação de leveduras transgênicas, bem como a produção mecanizada, sob medida para os mais variados paladares.

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